sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Enquanto há o caos pequenos corpinhos bóiam e ninguém vê...

Neste caos que se instaurou no Rio de Janeiro e que estamos todos os dias acompanhando em nossas casas pela TV, além do terror de ver a quantidade de mortos que estão sendo encontrados e imaginar a quantidade de quantos ainda faltam... Quero falar de algumas vidas, essas vidas que parecem até insignificantes diante de tanta tragédia, mas que pra mim são importantes também: a dos cachorros. Ver a perseverança daquela mulher que segurou seu cãozinho até quando pode e infelizmente pela força das águas não conseguiu manter-se firme em seu propósito... Quero ainda acreditar que neste mundo há pessoas que se esforçam em garantir a vida daqueles que parecem insignificantes, porque quem um dia já necessitou de ajuda, já se sentiu como aquele cãozinho: insignificante diante de tantas outras coisas... mas reconhece o valor daquele que arrisca a própria vida para salvá-lo, pois para ele sua vida não será um mero detalhe.
Aquela mulher o segurou tanto quanto foi possível e só por isso já ganhou o meu respeito e meu carinho, mesmo que tenha precisado soltá-lo para salvar a si mesma fica aqui todo meu carinho pela inicitiva de tentar resgatá-lo. Que você tenha uma vida longa e feliz, que você tenha a oportunidade de adotar outros companheirinhos como aquele...
Te admiro e teria feito o mesmo até o último minuto...
E para todas essas criaturinhas que por motivos óbvios não são no momento o centro da atenção, aqui há alguém que está pensando em vocês.

Neste momento apenas o silêncio...

5 comentários:

Ana... disse...

Lica,

leu meus pensamentos, de dias e dias. Vi aquela cena e fiquei tãooooooo sentida dela não ter conseguido segurá-lo. Claro, total compreensão,ela se esforçou o quanto pode, e é nitido que ela o soltou, no último istante, quando teve de escolher entre a vida dela e do cãozinho.Tenho estado bastante sentida pelo que aconteceu, pelo número cada vez maior de pessoas mortas, do espanto, da reação inerte, de não saber como lidar com a situação. Famílias praticamente inteiras se perderam, tão bruto, tão impactante e tão desolador. Há dias, penso nisso, em todo sofrimento das famílias serranas, muito triste mesmo.

Ana... disse...

ao mesmo tempo, me revolta, principalmente em saber que as prefeituras receberam o alerta da quantidade de chuva e da possibilidade da tragédia, e desculpa esfarrapada,safada, cretina de dizer que não houve tempo de alertá-los. Que porcaria! que merda! Como não houve? Afinal, em quatro horas, salvaria quantas pessoas? Tendo em vista que a maioria estava dormindo quando aconteceu. Que lixo de organização é esse hein?! É que na verdade nem importa tanto não é? A maioria era gente da classe c,d,e. O desastre natural só ajudou a "limpar".O que me leva a crer tb que a proporção dos noticiários, é maior pq tb tinha classe média alta. Se não nem, isso viu! Aí a revolta aumenta.

Ana... disse...

Agora o que me deixa fula da vida! Puta mesmo, o quanto vários desastres poderiam ser evitados, e simplesmente "tapam os olhos", com crescimento desordenado e falta de infra, em todos os sentidos,em vários estados/cidades. Mas o cacete de todo mundo só quer saber da porra da copa e olimpiadas. E não sou contra, pelo contrário adoro ambas. Não sou a favor da esmola de merda, tendo em vista que nem havia "ninguém" competindo, e nos fazem engolir que fomos escolhidos. Ah vá pra inferno, pro diabo q carregue! Não precisamos de nada disso, não temos que provar nada, o Brasil sempre pode MAIS, é MAIS, mas sempre arreganha as pernas feito puta barata, pras esmolas, europeias, das usas, das chinglings e por aí...

Ana... disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ana... disse...

enfim, bilhões de coisas! a revolta só cresci, principalmente quando desastres como estes, teriam proporções bem menores ou zero, se não tivesse tanto descaso. E a culpa é e quem? do estado? da bruguesia? do diabo? de deus? Não vejo ninguém a quem culpar,tou procurando.Talvez esteja no espelho, meu reflexo, de ser passiva d+ com tudo e coninvente em só assistir, com o rabo no sofá. Nem pra manifesto tou servindo.