quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Na calada da noite...



Enquanto as garotas e garotos comportados vão dormir
é durante noite que a ação começa...

Os segredos mais intimos começam a ser revelados, os amantes se encontram e aqueles que sonham começam a viajar... e viajam também aqueles que vão nos aeroportos, e aqueles que fazem uso de substâncias...

A noite pode dar mais frio ou mais calor

Pode te causar medo ou te dar sensação de liberdade

Sobre as estrelas sibilam os gatos nos muros

Sibila a prostituta com seu andar malicioso

O amor invade o quarto

o tesão invade a sala

E um doce som pede silêncio

sua voz penetra...

A noite tem uma névoa

invade o meu espaço

toma conta da minha mente

modifica minhas ações...

Noite... Ah! Porque tenho que dormir?

domingo, 26 de setembro de 2010

Gaiola das cabeçudas!!! Indicação Liz minha flor de Liz...




Minha sobrinha assim como eu odeia funk pq só fala banalidades, mas finalmente alguém fez um funk inteligente... seu niver será dia 8 de outubro parabéns p vc!

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Sobre esse homem que é de longe o melhor ser humano que um dia poderei conhecer... tudo sobre meu pai.



Dia 23 de setembro deveria ser um feriado, que homenageasse esses homens lutadores que vem do nordeste do Brasil desde muito jovens em busca de um sonho... hoje vou lhes contar sobre a trajetória de um deles: meu pai. Seu nome era José, mas seu apelido era trovão, por causa da sua voz grossa e poderosa e sua altura, era literalmente um grande homem em todos os sentidos... para mim ele era o painho...
Nasceu em Pernambuco... lugar lindo que vou conhecer no mês que vem, muito pobre com uma vida difícil na roça, desde os quatro anos já soube o quanto custa o suor do trabalho e o peso da enxada... Meu pai não falava muito de como era sua infância, não era um homem de ter o costume de reclamar, lembro-me que dizia que aprendeu francês na escola e não inglês e que gostaria que nós também tivéssemos aprendido, não terminou o primeiro grau. Era canhoto e na sua época de colégio sua professora lhe aplicava a palmatória para que escrevesse com “a mão certa”, a direita, porque ele bem sentiu na pele que a esquerda nunca foi muito bem aceita na sociedade... Porquê? Na época em que Lula fundara o Partido dos Trabalhadores meu pai o conhecia e freqüentava as reuniões de sindicato, era metalúrgico, torneiro mecânico e outras coisas mais... pouco estudo, muita inteligência e sabedoria...
Sempre nos incentivou a sonhar, acreditar e realizar nossos sonhos, embora ele mesmo não comentava se havia alcançado os seus... ele era amigo de todos, não posso dizer se a reciprocidade era algo concreto, apesar da pouca idade eu achava que ele era um pouco explorado por esses supostos amigos, acho que isso foi muito significativo para que eu soubesse discernir um amigo, ou mesmo que tipo de relação pode ser ou não considerada fraternal...
Ele era um homem simples, mas tinha amizade com qualquer pessoa de qualquer classe social, sentia-se muito a vontade de bermudas e chinelos, odiava gravatas e sapatos sociais, muito brincalhão e muito amoroso...
Certa noite estávamos voltando da casa de uma tia e ele tinha ganhado uma jaqueta nova que usou pela primeira vez naquele dia, estava um frio terrível e tinha um senhor na calçada que tremia muito(estava em situação de rua) meu pai depois de dialogar com ele tirou sua jaqueta e deu ao homem que pareceu imensamente agradecido... no caminho para casa(eu devia ter uns cinco ou seis anos) fiquei me perguntando porque meu pai estava ali tremendo de frio e deixou sua blusa novinha com aquele homem que ele nem conhecia, lembro que naquele dia aprendi que o coração de meu pai era muito maior que ele próprio, descobri que eu não deveria julgar as pessoas apenas pela aparência, que cada ser humano tem uma história, que nesse país as coisas estão muito erradas...
Era um homem que apreciava as artes, apesar de não ter muito acesso, valorizava muito a cultura dos povos e nos incentivava a ter gosto pelas artes, me incentivava a desenhar, nos colocou na aula de balé, queria que eu aprendesse a tocar violão... ele sempre me incentivava a ser sempre melhor do que sou:
“Nunca deixe ninguém te fazer duvidar que você pode realizar seus sonhos”
“Nunca se permita ser medíocre, aprenda sempre, faça bem o que já faz e queira sempre ser melhor que já é”
Quando ele faleceu, eu tinha 13 anos... na noite anterior ao seu falecimento eu sonhei com ele se despedindo de mim dizendo que não podia ficar, pois já tinha feito o que devia fazer, caminhou sobre o mar em direção a uma luz amarelada num céu avermelhado como no fim da tarde... acordei tão angustiada que não queria fazer outra coisa senão ver se ele estava bem... tinha doença de chagas, e costumava dormir sentado na mesa com uma pilha de travesseiros para manter o tronco ereto , pois tinha dificuldades para respirar... ao vê-lo naquela situação, meu coração acelerou em busca de ver seu corpo se mexer e ver que ele estava respirando, fiquei feliz ao vê-lo fazer isso... fui dormir.
No período da manhã estava com uns amigos conversando no quintal e isso me deixou ainda mais tranqüila, nesta época eu estudava a tarde, quando retornei as 11hs para tomar banho para ir a escola, ele estava deitado na cama assistindo Chapolin (que ele adorava) e eu olhei para aquela gargalhada tão única e me deu um aperto no peito, porque estava me sentindo triste? Tentei afastar esse pensamento, ele chamou minha mãe e pediu que procurasse uma receita médica que ele ia passar no hospital na parte da tarde... ele não reclamava... não sabia se ele estava sentindo dor... procuramos a receita, minha mãe e eu, enquanto fazíamos isso aquele sentimento muito ruim tomava conta de mim, pedi para minha mãe deixar eu faltar na escola, pois não me sentia bem, ela concordou e fui na casa da vizinha da rua de trás para avisá-la que eu não iria... minha mãe relatou depois que eu sai, achou a receita ele a segurou e começou a chorar e faleceu ali mesmo em seus braços...
Hoje, posso dizer que não teria local melhor para isso acontecer que não fosse ali nos braços dela, o amor de sua vida... a sua “pinha”(como ele costumava chamá-la)...
Aquele homem maravilhoso, como todos esses homens maravilhosos, que sempre teve uma vida difícil, que me ensinou tantas coisas, que se tornou a voz da minha consciência, meu guia, meu herói, meu modelo, minha referência... quero homenagear esse alguém que saiu da minha vida muito cedo, mas que nunca em um milhão de anos vou esquecer o seu legado. Você foi tudo pra mim... esse grande homem da minha vida: meu pai.
Nunca vou te esquecer, sinto sua falta todos os dias, prometo sempre lhe deixar orgulhoso.
TE AMO!!!!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Você me ligou naquela tarde vazia...



O telefone tocou...
Na mente Fantasia...
Você me ligou naquela tarde vazia
e me valeu o dia...
Valeu o dia!
Valeu o dia!
Posso ter muitas garotas
Mas você é diferente
Você me ligou naquela tarde vazia e me valeu o dia!!!

domingo, 12 de setembro de 2010

Dom Quixote... luto contra gigantes por meu sonho.... ou eram moinhos de vento?

Dos meus sonhos faço pó
e sopro ao vento
como aquela sensação
familiar sensação
de que nada termina assim...
Pego minha espada
dia-a-dia cotidiano e rotinas grandes...
Mas no fim do dia seus olhos me trazem libertação...
Renovo o fôlego e parto na jornada
porque sei que no futuro
a vitória é eterna...

Penetra surdamente...


Penetra surdamente no reino das palavras...
Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
(...)
Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pela resposta,
pobre ou terrível, que lhe deres:
"Trouxeste a chave?"
(Carlos Drummond de Andrade)

Reflexos e reflexões... Fernando Pessoa reflete...

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Reflexões Urbanas na Paulista...





Desenhista ou desenhistas desconhecidos sob o olhar da câmera de Lilian Borges.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Sobre aeroportos...


Sempre tive fascinação por aeroportos
Não só pelo fato de lá conter aviões, o que pra mim é uma das melhores invenções humanas, mas sim por ver os rostos de todos que trafegam ali...
A ansiedade daqueles que esperam seus entes queridos retornar de uma longa viagem... dos amantes que se despedem com um beijo intenso, como se fosse o último, por que ficarão separados por uns dias e mal podem esperar para se reencontrar... da mãe que deixa o filho viajar sozinho pela primeira vez e fica com o coração na mão de receio de ver que seu filhinho ora tão pequeno agora vai sozinho a outro país...
Aquela moça bonita com o cartaz com um nome de um estrangeiro que saiu de seu país especialmente para conhecê-la e não havia o visto pessoalmente ainda e conversavam apenas pela Internet, e aquele sorriso ao ver que seu rosto era tão lindo quanto ela pensava e que a beleza é relativa aos olhos de quem vê...
Daqueles executivos com pressa que já estão tão acostumados a pegar avião para seu trabalho que não expressam prazer... em contraste com aquele mochileiro que com suas bugigangas penduradas sorri e não tem ninguém a sua espera, ninguém além de um novo país a ser descoberto e que ele está pronto para explorar...
E hoje estou aqui correndo pelos corredores, estou atrasada, tenho que me despedir de um amigo... estou atrasada por que vim de ônibus, a correria nem me permitiu entender que essa é uma despedida, até que meus olhos fitam o seu e corro para o seu abraço... enquanto tiramos as últimas fotografias no aeroporto uma música familiar toca dentro do meu coração... e começa a ficar apertado enquanto ele se despede das outras pessoas que estão com a gente... E ele com aquele jeito lindo me olha e estica os braços para que eu possa me envolver no seu abraço... não consigo e começo a chorar... ele pede que eu não chore, mas tal tarefa tão difícil se torna impossível porque não queria que ele já fosse tão rápido... e ao encostar meu corpo no dele é como se ouvisse a batida de nossos corações... Porque toda despedida é tão dura? E o mundo pára por alguns instantes enquanto o abraço... aquele traço de dor, me traz um pouquinho de vontade de ficar mais um pouquinho, mas ele tem que ir... então eu digo até logo e nunca adeus... E meus olhos cheios de lágrimas percorrem o saguão até ele sumir no corredor... Se um poeta estivesse vendo isso, como descreveria? Nessas divagações sobre as histórias de quem está nos aeroportos, encontrei mil, mas ao viver uma história no aeroporto, uma história é mais que o suficiente para expressar que nunca estamos prontos para deixar alguém partir...

Você me ensinou a REVIVER...

Nó na garganta...


Porque somos covardes?
Porque dizer uma coisa tão simples pode ser tão dificil?
Porque demonstrar sentimentos é visto como uma forma de humilhação?
Porque há pessoas que sufocam o "eu te amo" dentro da garganta sendo que talvez a outra pessoa esteja querendo tanto ouvir e pelos mesmos motivos que não te permitem dizer, também não o faz?
Porque é sinal de fraqueza demonstrar a alguém o que sente?
Quantas oportunidades de ser feliz a humanidade perde por conta do orgulho e do medo?
Já disse o poeta "sofri, por medo de sofrer"... não acho que exista uma forma de encontrar a felicidade sem sentir dor de vez em quando, porque só quem se arrisca é feliz e às vezes o risco é de se magoar...
Tem um nó na minha garganta...
Quero muito desatar...
E encontrar a tal felicidade.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Saudade é uma palavra que só existe na lingua portuguesa...



Ele entrou na minha vida esse mês que passou...
Me ensinou muitas coisas de sua língua e de
sua cultura, mas acho que o que mais me marcou
foi a sua companhia, seu respeito, seu jeito
de tratar as pessoas e de pensar e viver no mundo...
Ensinou-me que a vida não precisa ser uma rotina
Me fez enxergar as desigualdades que existem no
meu país (porque estamos tão acostumados a ser
negligenciados, que esquecemos que essa é uma
condição injusta)...


Agradeço por me esperar para jantar,
por querer sempre se divertir e sempre se
preocupar se estava me divertindo também...
Pelas caipirinhas e cervejinhas
Por cada carinho
Por cada conversa
Por cada dança
Pelas novas canções que aprendi com você...
Por ser quem você é e por me inspirar a ser alguém melhor.

Você me disse que na sua língua "saudade" é "echa de menos",
não importa se na sua ou na minha lígua, vou sentir muuuuuuuito
esse sentimento... até que possamos nos ver em breve e eu correr
para seu abraço...

VINGUENS!!!
TE ADOROOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!