O chôro da criança maltrapilha
no colo da mãe febril,
mãe ferida, corrompida pela dor do desespero...
PROSTITUÍDA...
A erva que acalma a dor sobre a mesa,
o copo sujo de cerveja é um reflexo de sua existência
MÍNIMA...
As crianças gritam pelo leite que acabou,
os seios murchos, a boca sêca de tanto trabalhar
e esperar pela mudança...
ESPERAR...
Do seio onde o bebê mama tem sangue fino, raso...
o cheiro do esgoto lembra que a morte está na porta
Esperando...
A depressão cotidiana, velha amiga dessa solidão sem fim
eis que a vida e o tempo cortam os laços da guerreira...
Prostituída, mínima, sua espera acabou
e ela pôde então sorrir
mas os bebês eternamente vão chorar...
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